29 de dez. de 2011

Amor




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Pense em  alguém de quem você goste muito.
do passado, do presente ou do futuro.
Pode ser um bichinho, um brinquedo, uma pessoa, uma criança, uma situação agradável.
Pense e sinta .
Sinta esse amor, agora, aqui, em você.
Conecte-se com o amor que habita você.
Vá expandindo sua capacidade de amar.
Inclua todas as pessoas que você conhece.
Agora inclua as que você não conhece.
Inclua próximas e distantes.
Inclua pessoas que você jamais viu.
Os povos africanos, asiáticos, australianos...
Os povos e tribos de toda a terra.
Inclua em seu amor todo o planeta, com árvores e insetos. Flores e pássaros. Mares, rios e oceanos.
Inclua a vegetação da Amazônia e da Patagônia.
Inclua o Mar Morto e o Deserto do Saara.
Não deixe o Pequeno Príncipe de fora.
Inclua os Lusíadas, a Odisseia, Kojiki.
Inclua toda a literatura mundial, um pouco de Machado de Assis, Eça de Queiroz, Shakespeare, um tanto de Saragosa, uma gota de Jorge Amado banhado por Herman Hesse e Amon Oz.
Inclua todas as religiões.
Como se não houvesse dentro nem fora.
Imagine, como John Lennon, que o mundo é um só.
O mundo é  uno. O mundo, o universo, o Pluri universo é um só.
Nós somos unas e unos com o uno.
Perceba.
Isto que digo é verdade.
E só há esse caminho.
Inúmeras analogias, linguagens étnicas, expressões regionais e temporais para tentar atingir o atemporal, o fluir incessante, incandescente, brilhante, da vida em movimento transformador.
Somos a vida da Terra.
Somos a vida do Universo.
Somos a vida do Multiverso.
E quando nossos pequeninos corações humanos se tornam capazes de ir além deste saquinho de pele que chamamos o Eu, nos contatamos com a essência da vida. Que é a nossa própria essência de tudo que é , assim como é.
Algum nome? Nenhum nome?
Caminhemos. Tornamo-nos o caminho a cada passo.
Que cada passo seja um passo de paz.
Que o ano novo se abra com a abertura dos corações-mentes de todos nós, seres humanos.
Abertura para o infinito.
Abertura para a imensidão.
Abertura para a ternura.]
Abertura para a sabedoria.
Abertura para a compaixão.
Que todos os seres em todas as esferas e todos os tempos se beneficiem com esse amor imenso que aqui e agora juntas, juntos, nos tornamos. E ao nos tornarmos o amor, tudo se torna vida e vida em abundância. Ame e manifeste esse amor agora.

Monja Coen

Amo esse texto!!!! O que posso desejar para você em 2012?
Desejo a você que sua vida se transforme ou se torne a oração que você faz.
Desejo a você que que seu corpo fique cansado pelas solicitações do trabalho... mas que seu coração esteja leve.
Que consiga dormir até chegar a hora de despertar. E que despertando consiga sentir a energia do amanhecer do despertar como um renascimento contínuo cheio de alegria e gratidão.
Ahh!! Desejo  que arranje um cantinho sossegado e uma almofada gostosa, ouvindo todos os sons, sentindo todas as fragrâncias, percebendo o ar, sentindo a temperatura da sua pele.
Não julgue. Nem certo, nem errado, nem bonito nem feio. 
Desejo que sinta como é bom estar vivo(a) . que esse instante é  caminho, é o seu caminho. É o céu e a terra. Isso é tudo. Tudo é nada.


Paz e luz!!!
Judi Menezes


28 de dez. de 2011

Deserto do Atacama - Chile


Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.
José Saramago

 Imagem e texto em sincronicidade!
Sou suspeita!! Adoro o lugar e acho a frase incrível,  sinto  que a leitura da obra de  Saramago é instigante! 

Paz e Luz!!
Judi Menezes

15 de dez. de 2011

Vocação para a felicidade


 


"Não serei o poeta de um mundo caduco." Não escreverei versos chorosos, cantando tristezas infinitas,
amores impossíveis, saudades dolorosas,
paixões trágicas e não correspondidas.

Tenho a vocação para a felicidade.
Ser feliz não me traz sentimento de culpa.
Não preciso da tristeza para justificar a inutilidade da vida.


Não preciso morrer e ir ao céu para encontrar a felicidade.
Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do aqui e do agora.
A felicidade, tal e qual o amor, está dentro de mim
E transborda em ternuras, em melodias,
em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos.

Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz.

Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros,
encantos e desencantos que o amor me diz.

Contrariedades? Eu as tenho.
E quem não as tem na vida secular ?
Escassez de dinheiro? Nem é bom falar
Amores não correspondidos? Separações?
Rejeições? Saudades incuráveis?
Carinhos reprimidos, ternuras guardadas,
sem a contra parte do outro?
Eu tenho aos montões.
Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento.

Contudo quem não soube a sombra não sabe a luz.
E num livro de matemática existencial
juntei todos esses problemas insolúveis,
com as respostas nas últimas páginas.
Mas pra que me debruçar
sobre eles, procurando a solução
se a própria vida me conduz
a resposta final?

Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali
por onde os caminhos, as trilhas,
Os atalhos me levarem, traçando meu rumo.
Às vezes com alguma tristeza,
mas quem disse que felicidade
é o contrário de tristeza?
Tristeza é só uma momentânea falta de alegria!

É, amigo, amanhã é sempre um novo dia
E quando a infelicidade passar por aqui,
minhas malas estarão prontas
para eu ir por ali.
                                                                                                                   

                                                         Carlos Drummond de Andrade

Por mais difícil que pareça, acredite a felicidade é possível! Porque olhar por um buraco na parede se vc pode sair e olhar o céu?
Talvez a vida seja mais simples do que imaginamos...
Paz e luz!

Judi Menezes

12 de dez. de 2011

As Pontes de Madison




Hoje escutei alguém (uma mulher) dizendo que assistiu ao filme As Pontes de Madison e achou que não passava de uma história de traição vil e banal.
Fiquei refletindo sobre, pois assisti ao filme, faz muito tempo, e a delicadeza das cenas, a magnitude de uma poderosa história de amor, perda e de como certos momentos podem definir uma vida inteira ainda estão presentes na minha lembrança. Até agora ainda estou pensando na leitura feita por essa criatura sobre um filme  sutil, delicado e tão honesto.
"As pontes de Madison" começa com sua protagonista, Francesca Johnson (Meryl Streep, em uma monumental atuação) morta. De herança a seu casal de filhos de meia-idade ela deixa um testamento onde pede para ser cremada e ter suas cinzas jogadas em uma ponte e três cadernos de anotações onde conta uma história mantida a sete chaves dentro de seu coração. Abismados, os dois tem contato, então, com um lado de sua mãe que jamais pensaram que tivesse existido: uma mulher passional, sonhadora e romântica que foi obrigada a deixar seus sentimentos de lado para manter a famíla e o casamento. Nos diários de Francesca, ela conta como, em 1965, durante uma viagem do marido e dos filhos a uma feira rural ela teve um tórrido e devastador romance com Robert Kincaid (Clint Eastwood), fotógrafo da revista National Geographic.
Dona-de-casa com uma frustrada vocação para o magistério - do qual abdicou na Itália para casar-se com um fazendeiro de Iowa - Francesca é uma mulher conformada, que vive para a família, não exatamente carinhosa e atenciosa como ela merece. Sozinha por quatro dias em um fim-de-semana de verão, ela conhece o fotógrafo Robert, de passagem pela região para registrar as pontes cobertas do condado. Sentindo-se imediatamente atraída por ele - e por sua liberdade - Francesca inicia um flerte delicado e sutil com o desconhecido que lhe ressuscita os sonhos de sua juventude. Apaixonados avassaladoramente um pelo outro, eles são obrigados, porém, a encarar a dura realidade que se aproxima com a volta dos Johnson.
Utilizando com esperteza o velho truque do flash-back, o roteirista Richard LaGravenese - que se aventuraria anos mais tarde na carreira de diretor com o também lacrimoso "PS, eu te amo" - manipula os sentimentos do espectador da maneira mais explícita possível, mas é tão honesto em suas intenções que isso acaba contando a seu favor. Graças a diálogos fluentes e às interpretações de seus protagonistas, fica difícil não acreditar no nascente amor entre os dois, duas pessoas aparentemente diferentes mas que mantém acesa (ainda que discretamente) a chama da vida. Talvez justamente por envolver a plateia no romance entre os dois - de forma gradual e delicada, ao som de uma caprichada trilha sonora de Lennie Niehaus - o filme consegue, em seu terço final, baixar a guarda de todo mundo e conduzir a todos a uma jornada à mais profunda tristeza e frustração.
A cena em que Francesca precisa decidir, em questão de segundos, todo o seu futuro, já é destinada a qualquer antologia dos momentos mais arrasadores do cinema romântico americano. Debaixo de uma chuva inclemente e com o marido a seu lado, ela necessita definir sua felicidade, infelicidade ou frustração antes que o sinal verde do semáforo lhe obrigue a deixar de lado o amor maior de sua vida. Na pele de Meryl Streep, a melhor atriz viva do cinema, Francesca deixa de ser apenas uma personagem para tornar-se a plateia em toda a sua extensão. São as lágrimas de Francesca que escorrem pelo rosto do público, em uma catarse coletiva que justifica-se plenamente pela competência assustadora com que Eastwood contou uma história absolutamente simples e sem firulas.

Programa obrigatório para fãs de cinema, fãs de Meryl Streep e fãs de filmes românticos, "As pontes de Madison" é um clássico.E como diz a personagem de Eastwood, essa certeza só se tem uma vez na vida.

Reflitam!!
Paz e luz!!
Judi Menezes

6 de dez. de 2011



O Diagnostico do TDAH é valido em crianças com
Altas Habilidades Cognitivas

Mara Lúcia Cordeiro1 & Antonio Carlos de Faria


O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é considerado a doença de base neurobiológica com repercussão comportamental mais comum na infância, sua prevalência em escolares é estimada entre 3 a 7% (Wolraich et al., 1996; McCracken, 1998; Swanson et al., 1998). Trata-se de uma doença crônica, cujos principais sintomas são a atividade motora excessiva, falta de atenção, e dificuldades de manter atitude reflexiva diante de estímulos sensoriais - impulsividade. Estas características tendem a persistir na adolescência e na vida adulta, gerando problemas no funcionamento diário, que se não detectados e tratados durante a infância, irão aumentar o risco de a criança desenvolver na vida adulta problemas psicológicos ou outros transtornos psiquiátricos mais graves que dificultarão seu progresso emocional, educacional, econômico e social (Cordeiro and Farias, 2010).
O DSM-IV-TR propõe uma classificação do TDAH em quatro subcategorias, de acordo com os sintomas prevalentes e as dificuldades funcionais: 1) TDAH predominante desatento – (TDAH-D): presença de seis ou mais sintomas de desatenção; 2) TDAH predominante hiperativo/impulsivo – (TDAH-HI): presença de seis ou mais sintomas de hiperatividade e impulsividade; 3) TDAH tipo combinado – (TDAH-C): presença de seis ou mais sintomas de desatenção, associado a seis ou mais sintomas de hiperatividade e impulsividade;
4) TDAH Sem Outra Especificação – (TDAH-SOE): termo usado para indivíduos (geralmente adolescentes e adultos) nos quais os sintomas estão presentes antes dos sete anos de idade, porém em quantidade inferior ao mínimo preconizado, ainda que possam causar comprometimento funcional significativo. Embora esta classificação contemple as diferenças de comportamento observadas na prática clínica, ainda não existe evidencias de um perfil cognitivo para cada subtipo de TDAH. Vários estudos epidemiológicos apontaram maior prevalência de dificuldades acadêmicas e problemas internalizantes nos portadores de TDAH predominante desatento e de problemas externalizantes nos portadores de TDAH predominante hiperativo/impulsivo, porem estas diferenças não se correlacionam com desempenho cognitivo verificado nos diferentes testes neuropsicológicos. Paradoxalmente também é comum observar-se na prática clínica sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade em crianças com altas habilidades cognitivas (QI>120). Nestas situações o clínico se depara com dilemas: a criança é simplesmente super dotada ou portadora de TDAH? Pode ter as duas situações? Há necessidade de tratamento medicamentoso? Os elevados índices de prevalência e problemas psicossociais associados ao TDAH associados a sua ocorrência em todos os países e estratos sócios econômicos, impulsionaram a realização de pesquisas cientificas sobre os fatores envolvidos neste transtorno porem, mesmo com pujança de publicações, são raros os estudos que investigaram respostas a estas questões. As evidências mais recentes mostram que aproximadamente 10% da população possuem QI total acima de 120 pontos (Antshel et al., 2007; Antshel, 2008). Considerando-se que o TDAH afeta entre 3 a 7% das crianças é estatisticamente concebível que exista sobreposição entre estas duas condições (Cordeiro et al., 2010).
Vários comentários e artigos divulgados em websites chamam atenção para o fato de que as características sintomáticas das crianças portadoras de TDAH e quociente de inteligência médio (Qian et al., 2004) são muito similares ao das crianças sem diagnóstico de TDAH, mas, com QI elevado (Barkley 2006; Cramond, 1994). Esta constatação tem sido motivo de controvérsias, porque há pouquíssimas pesquisas empíricas utilizando métodos diagnósticos adequados para validá-la. Em uma consulta utilizando o Medline encontramos somente quatro artigos no período de 1983 a 2010 abordando este assunto (Antshel et al., 2007; Antshel et al., 2009; Brown et al., 2009; Cordeiro et al., 2010).
Altas habilidades cognitivas ou superdotação e criatividade são características interligadas; Algumas pessoas possuem altas habilidades em áreas especificas, outras, possuem em vários domínios da cognição, e adicionalmente outros possuem grande criatividade, são os nominados "gênios". Em alguns casos, a genialidade pode associar-se a Transtornos Mentais (p.ex. esquizofrenia e arte - Vicent Van Gogh; Transtorno Bipolar e musica - Mozart). A diferenciação entre altas habilidade em áreas específicas, em todos os domínios da cognição e genialidade é muito importante para estimar a prevalência destas características na população geral. Para uniformizar a nominação e consequentemente diminuir as variáveis, pesquisadores restringiram a definição de "superdotação" para crianças que apresentam QI Total>120, medido por escalas estandardizadas como o teste de inteligência WISC-III (Antshel et al., 2007; Antshel et al., 2008; Cordeiro et al., 2010). Crianças com superdotação realmente apresentam características comportamentais muito similares às das crianças com TDAH. O fato de viverem concentradas em seus pensamentos, imaginando soluções para os problemas, causa impressão em quem as observa de falta de atenção aos estímulos externos.  Também podem apresentar características de hiperatividade, porém, enquanto nelas a hiperatividade é uma energia que tem direcionamento e foco, na criança com TDAH a hiperatividade é observada como um movimento constante sem direção e foco. Também podem apresentar comportamentos disruptivo e opositivo na escola. Nas superdotadas, estes comportamentos estão relacionados com atividades não-estimuladoras e que consideram muito simples, enquanto que nas crianças portadoras do TDAH estão relacionados aos sintomas primários do transtorno. Um complicador para esta questão é que existem crianças que apresentam as duas situações, são portadoras de TDAH e apresentam superdotação. Um estudo empírico realizados recentemente comprovou a validade do diagnóstico do TDAH em crianças superdotadas (Cordeiro et al.2010). Nestes casos, as crianças apresentam incidência maior de problemas comportamentais e, apesar do alto nível de cognição, apresentam baixas habilidades emocionais e tendem a ter mal desempenho escolar devido aos sintomas de déficit de atenção e impulsividade. Outro estudo demonstrou em crianças portadoras do TDAH com superdotação índices maiores de pais também portadores do TDAH, mas não necessariamente com superdotação, o que indica pré-disposição genética para o TDAH, mas não para superdotação. As crianças também apresentaram mais comorbidades e déficits funcionais quando comparados ao grupo "controle" (TDAH com QI médio) (Antshel et al., 2007).
É comum na pratica clínica a utilização de escalas ou questionários que contem informações sobre comportamento, pensamento, humor e atenção para auxiliarem no diagnostico de transtornos cognitivo comportamentais.  Quando os médicos usam somente esses tipos de escalas, o risco de uma criança que é superdotada sem ter TDAH, acabar sendo medicada por TDAH é grande. Constatamos esta possibilidade em nossa linha de pesquisa no IPPP. Além das escalas de triagem, também utilizamos testes psicométricos, entrevistas estruturadas (C-DISC) e somente concluímos o diagnóstico utilizando os critérios do DSM-IV-TR (APA). Com esta metodologia, identificamos uma porcentagem de crianças superdotadas e sem TDAH para as quais haviam sido previamente prescrito, desnecessariamente, medicamentos psicoestimulantes (Cordeiro et al., 2010; Farias et al., 2010). Um dos aspectos chave para diferenciar crianças com altas habilidades sem TDAH de crianças com altas habilidades e com TDAH, é que os sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade estão presentes em dois ambientes ou mais (p.ex. escola e casa) na criança com TDAH, enquanto que na criança sem o TDAH os sintomas geralmente estão presentes em um ambiente (geralmente na escola). Em resumo, é evidente a necessidade de mais estudos empíricos epidemiológicos com métodos diagnósticos padronizados sobre esse tema, porque determinam procedimentos diagnósticos e terapêuticos mais adequados a cada tipo de situação.
Embora o bom desempenho em testes de inteligência tenha sido associado com sucesso acadêmico e profissional (Neisser et al., 1996; Schmidt and Hunter, 1998), o mesmo não ocorre com o TDAH, nos casos não tratados há uma grande incidência de desfechos negativos em relação à escolaridade, problemas comportamentais mais graves, empregabilidade, relacionamentos e satisfação pessoal (Mannuzza et al., 1993). Portanto, a coexistência entre TDAH e Superdotação quando não reconhecidos e tratados adequadamente, podem piorar um prognóstico de qualidade de vida que inicialmente poderia ser favorável.


Acredito que é necessário que tenhamos muito cuidado com o diagnóstico, seja ele médico, psicopedagógico, psicológico.Sempre observei que médicos, psicólogos, pedagogos, professores, psicopedagogos  tem uma certa "predileção" pelo diagnóstico...as pessoas são tratadas pela doença ou distúrbio - Ah!! Aquele é um TDHA , TGD - já vi muitas vítimas dessa atitude. Conheço profissionais que não permitem a menor dúvida (Síndrome de Deus) sobre o seu diagnóstico!
  Essas evidências servem para alertar a família, aos profissionais da educação e da saúde mental, que  o diagnóstico é essencial em qualquer especialidade, devendo ser feito com  competência, metodologia e acima de tudo com respeito pelo ser humano que deve ser tratado como sujeito de sua história e não como mero indivíduo.

Paz e luz!!!
Judi Menezes





30 de nov. de 2011

Separação: adeus é sempre adeus e não carece de riqueza de detalhes

Se a nossa felicidade depende de nossas escolhas, após a separação, a pessoa precisará ser muito mais seletiva se pretender viver uma segunda união.


Ninguém deseja iniciar um relacionamento já estabelecendo um tempo de duração para ele. Contudo, há alguns compromissos que não conseguem resistir aos desafios propostos pelo casamento e culminam na separação. Isso pode ocorrer por falta de maturidade dos casais, pela falta de conhecimento quanto às obrigações e responsabilidades contidas no matrimônio ou por outros motivos que podem ser justificados somente pelos dois.

Os desgastes emocionais com os trâmites legais [da separação], a partilha dos bens conquistados pelos cônjuges enquanto conviviam, a definição do destino das crianças, quando essas são frutos do relacionamento… Toda essas situações geram sequelas nas pessoas envolvidas.

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Muitas vezes, os amigos do casal, volta e meia, questionam, extasiados, a respeito do fim do matrimônio. Quase sempre se referem às pessoas separadas tratando-as com o sobrenome de casadas, ou, em outras ocasiões, se referindo a elas como “o (a) ex de fulana (o)”. Dessa forma, muitos ex-cônjuges parecem condenados a viver sob os antigos rótulos da vida de casados.

Algumas mulheres, além das crises provocadas pela separação, também vivem os preconceitos de ser vistas como pessoas carentes, não realizadas no casamento. E existem algumas que ainda sofrem perseguições do ex-marido ciumento que não aceita a ideia da ex-esposa procurar a felicidade ao lado de outra pessoa.

Como se não bastasse todo o esforço para desvincular tais estigmas, os transtornos emocionais não deixarão de existir. Casais separados estão sujeitos aos desafios de enfrentar sentimentos negativos a respeito da má experiência vivida ou até mesmo a respeito dos próprios conceitos, muitas vezes, estereotipados sobre as pessoas do sexo oposto.

Quase sempre os divorciados terão de digladiar com suas carências e buscar a cura das feridas geradas por um período tumultuado em suas vidas. Para muitos, a realidade de separados traz consigo a incumbência de, também, administrarem uma família sozinhos. Entretanto, há pessoas que sabem conviver, perfeitamente, com essa situação levando a vida de solteiro (a) com responsabilidade e sabedoria.
Embora seja comum despender certo tempo para se recompor da mal sucedida experiência, há um grupo de pessoas que ainda deseja viver a felicidade procurada, novamente num relacionamento a dois. Mas, acreditar que precisam encontrar alguém a qualquer custo poderá ser um erro tanto para homens quanto para mulheres separados ou não!


Paz e Luz!!
Judi Menezes



16 de nov. de 2011

Separação sem traumas


Por Laila Pincelli
Não é fácil por fim a uma relação amorosa, mas protelar tal decisão pode tornar o momento ainda mais doloroso.
No princípio era como um sonho. Parecia que tinham sido feitos um para o outro - interesses em comum, encontros românticos e divertidos, atração física e admiração. Podiam jurar que duraria para sempre. No entanto, algo fez com que toda esta aparente magia se dissipasse...
Aonde foi parar aquela pessoa por quem um dia você se apaixonou? Muitos se perguntam se foi o tempo, a rotina que se instalou na vida a dois ou as brigas constantes que transformaram o sentimento inicial. Fato é que aos poucos, um dos parceiros ou ambos, começam a questionar a continuidade da relação.
Mesmo sendo mais comum nos dias de hoje a separação não é isenta de dificuldades. A decisão pela separação se torna ainda mais complexa pelo tempo de envolvimento do casal, por terem filhos (ainda mais quando são muito pequenos), e por outras implicações familiares e sociais, como rede de amigos e questões financeiras.
Seja ao terminar um casamento ou por fim a um namoro, diversos sentimentos e fantasias são internamente despertados nos parceiros. Por isso é tão freqüente nos depararmos com casais que há muito se mostram infelizes e sem interesse um pelo outro, mas que se mantem juntos para a surpresa de todos!
Para aquele que toma a iniciativa pela separação é bastante freqüente o sentimento de culpa. A princípio pode se ressentir por achar que está ‘traindo’ os sonhos do casal, todos os planejamentos que um dia fizeram para o futuro. Surgem pensamentos do tipo: “Já investimos tanto nesta relação, será que não é necessário um pouco mais de esforço para que a situação se transforme?” ou “Estou abandonando o barco sem ter tentado tudo que é possível?”.
Outros sentimentos que fazem adiar a decisão é o medo de ficar sozinho(a), de machucar o outro e vê-lo sofrer. Existe também o receio de se arrepender e achar que não poderá voltar atrás.
Todas estas questões somadas ao fato de que, na maioria das vezes, o parceiro que não concorda com a separação comporta-se de modo a não facilitar as coisas colocam a separação e o divórcio entre os cinco principais fatores causadores de estresse, juntamente com morte de ente querido, doença e desemprego.
Enfim, é um passo importante que deve ser pensado e repensado... Isto auxilia uma tomada de decisão mais madura, que não seja movida por impulsos de um momento ruim.
E, para vivenciar este processo de maneira mais consciente é imprescindível que você busque entender profundamente o que o/a leva a querer por fim na ligação com seu/sua atual parceiro(a). Foram fatos isolados que o/a decepcionaram ou a relação de um modo geral não lhe traz mais felicidade? Seria esta uma fase isolada de insatisfação ou se trata de um sentimento freqüente? O que espera com o fim desta relação?
Se estiver difícil orientar seus pensamentos, a Terapia de Casal ou Psicoterapia individual podem ser instrumentos importantes neste momento, para auxiliá-los no amadurecimento de suas idéias, tanto no sentido de buscar o entendimento quanto de facilitar o processo de separação.
Ao decidir-se leve em conta que dificilmente você terá certeza absoluta sobre os resultados disto tudo. Assim como diversas outras coisas em nossa vida só saberemos se é o caminho correto quando já o estivermos percorrendo! Portanto, após uma conversa franca com seu parceiro, é preciso se desvencilhar dos sentimentos de culpa, de dúvida, de vergonha que fazem com que a decisão seja protelada.
Dependendo de quais são os fatores motivadores da separação (como por exemplo: incompatibilidade de gênio; desinteresse afetivo um pelo outro; insatisfação sexual; ausência de diálogo; infidelidade; etc.) a sensação de ‘luto’ pelo fim da relação se inicia muito tempo antes do fim declarado.
Já separados aceite que a relação chegou ao fim. Isto provavelmente implicará em tristeza, solidão e sofrimento por um período. Esta fase varia de pessoa para pessoa e da maneira como cada um enfrenta o momento.
Poder olhar para seu passado e rever sua história de maneira objetiva e tranqüila é um modo de se conhecer, se desenvolver e se preparar para o novo, para o futuro!
Outras atitudes também podem ajudar. Busque relações de amizade, encontre atividades que lhe dêem prazer. Desvincule-se de tudo que pareça negativo e o impeça de caminhar para frente.
É bem provável que você tenha vislumbrado a separação como uma possibilidade de bem-estar pessoal, de sentir-se bem e feliz, de ter a oportunidade de crescimento interno ao viver seus ideais individuais. Então, siga em frente e dê a si mesmo(a) a oportunidade de descobrir-se nesta nova realidade!



Sei que nem sempre é fácil separar, independente das circunstâncias sempre é doloroso.
 Mesmo que você seja você quem vai obter maior benefício com essa decisão. Saber do sofrimento alheio, principalmente, de alguém que fez parte da sua história, que entrou na sua vida por alguma razão ( que na época parecia maravilhosa), que um dia fez seu coração bater mais forte.
 Mesmo que você já tenha encontrado outro(a) que faça sua vida vibrar com maior intensidade ou talvez não tenha encontrado ninguém, apenas deseje encontrar-se consigo mesmo(a), com esse eu singular que andava perdido porque foi desconectado em algum momento da vida a dois. 
Mesmo que essa mudança, esse momento de transitoriedade esteja sendo vivenciado com positividade, lembraremos sempre que o outro(a) possivelmente não esta vivenciando da mesma forma , talvez, apenas talvez, para a outra parte, que não é mais parte , nem metade, fique apenas a dor dilacerante do rompimento que se fez necessário. 





Paz e luz!!
Judi Menezes




13 de nov. de 2011

Uma história de amor...



Quando o Sol e a Lua se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor.Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final ... o brilho !Ficou decidido também que o Sol iluminaria o dia e que a Lua iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados.Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam. A Lua foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia lhe dado,ela foi se tornando solitária. O Sol por sua vez havia ganho um título de nobreza "ASTRO REI" , mas isso também não o fez feliz.Deus então chamou-os e explicou-lhes : - Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio.Você Lua, iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados e será diversas vezes motivo de poesias.Quanto a você Sol, sustentará esse título porque será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas mais felizes.A Lua entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio ... já o Sol ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-se abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus.No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a Ele :- Senhor, ajude a Lua por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão... E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.Lua sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem. Hoje eles vivem assim .. separados, o Sol finge que é feliz , a Lua não consegue esconder que é triste. O Sol ainda esquenta de paixão pela Lua e ela ainda vive na escuridão da saudade.Dizem que a ordem de Deus era que a Lua deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso ... porque ela é mulher, e uma mulher tem fases. Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.Lua e Sol seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca. Humanos tentam a todo instante conquistá-la, como se isso fosse possível. Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim. Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível, nem mesmo o da Lua e do Sol ... e foi aí então que ele criou o eclipse!Hoje o Sol e a Lua vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer. Quando você olhar para o céu a partir de agora e ver que o Sol encobriu a Lua é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao ato desse amor que se deu o nome de eclipse. Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se não olhar para o céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor


Bem, mas na terra também existe sol e lua ... e portanto existe eclipse .. mas essa era a única parte da história que você já sabia, não era ?
Namastê

Para você, em especial, que talvez viva a  tristeza de um amor do tipo SOL E LUA... aproveite o eclipse... ninguém sabe quando vai acontecer novamente!!

Paz e Luz!
Judi Menezes

10 de nov. de 2011

Atravessando a avenida...

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Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
 Fernando Pessoa


Não dá pra negar,  perder o ser amado, a relação que vislumbrava ser profanamente sagrada é sempre muito difícil para quem ama. 
O rompimento aconteceu por que ambos estavam em calçadas distantes, a avenida era muito larga e movimentada. De nada adianta a coragem nessa circunstância, apesar de todo atrevimento, os carros são rápidos e velozes, não permitem a travessia.
Não adianta desejar, não adianta querer que o outro reconheça seu esforço e , muito menos, entenda seu amor. Ele sempre vai achar que você pode fazer mais e mais... vai viver para que sejam reconhecidos todos os esforços que  ele fez na tentativa de atravessar a avenida...
.....
Vale a a pena refletir!
Paz e luz!
Judi Menezes


9 de nov. de 2011

5 de nov. de 2011

3 de nov. de 2011

O Tempo...



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O tempo não cura tudo. Aliás o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.
Marta Medeiros

O tempo  nos arrasta para a escuridão. As vezes , encontramos Outro nessa escuridão.
 E as vezes,  nela mesma tornamos a  perdê-lo.
Judi Menezes

2 de nov. de 2011

A Voz Do Silêncio




Pior do que a voz que cala,


é um silêncio que fala.
Simples, rápido! E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações
em que o silêncio me disse verdades terríveis,
pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo. Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse,
esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,
depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo,
nem uma gargalhada
para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável,
o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas
que a gente não quer ouvir,
pois ao menos as palavras que são ditas
indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento
articulam argumentos,
expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos
que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica,
ouvimos um dos dois gritar:
“Diz alguma coisa, mas não fica
aí parado me olhando!”
É o silêncio de um, mandando más notícias
para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações
em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha
com uma britadeira na rua,
o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche,
o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock,
o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor,
quando a relação é sólida e madura,
o silêncio a dois não incomoda,
pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba,
é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta,
não há emails na caixa de entrada
não há recados na secretária eletrônica
e mesmo assim, você entende a mensagem.
Sem comentários!!
Paz e Luz
Judi Menezes

20 de out. de 2011

Amor: definição budista


De todas as definições de amor, eis uma sugestão budista: amor é a capacidade de ver qualidades positivas no outro, nos alegrarmos e agirmos para seu florescer. Não só vemos sementes, mas umedecemos raízes para que o outro se torne mais virtuoso e feliz.

Talvez seja um exercício de paciência!
Paz e Luz!
Judi Menezes





15 de out. de 2011

Ensaio sobre a amizade

Hoje escutei alguém dizendo que havia separado do marido, mas continuavam muito amigos e que eles ainda nutriam um grande amor entre eles. 
Imediatamente, pensei: Como isso é possível? É brincadeira!!? Fiquei admirada. Será que o que ficou foi a amizade? Essa tal amizade que deveria ser encontrada nas relações amorosas? Tudo bem, acabou!! Nada bem, acabou!! O amor existe? É possível ele continuar existindo depois de uma separação, de uma ruptura?
google imagens
 Sempre ouço todos (homens e mulheres) falarem que é impossível essa história de amizade, para alguns ainda fica uma convivência relativamente tranquila, sem discussões, brigas homéricas...ainda dá pra conseguir habitar o mesmo espaço ,ficando claro,  durante poucas horas. Normalmente, o casal não consegue nem se ver, muito menos se falar, tudo é motivo para levantar o inventário das mágoas, culpas, ressentimentos, enfim!
Como pode um grande amor  continuar sendo "o  amor da sua vida" sem  sexo, paixão, vida em comum, que são ingredientes inerentes numa relacionamento amoroso (homem-mulher)?
Será que era realmente amor? Será que o que pensamos ser o grande amor da nossa vida não seja simplesmente um engodo, sem a capacidade de ser amigo(a), companheiro(a) simplesmente porque prescinde tanto da presença, do afeto, da compreensão?
Se ainda existe confiança, admiração, respeito, talvez seja possível? Talvez, só talvez, esse grande amor da sua vida seja  o(a)  seu(sua) melhor amigo(a) e , consequentemente , continue sendo o o amor da sua vida? 
Lembrei que o Hermann Hesse dizia que a pessoa objeto do nosso amor é apenas um símbolo, uma lagoa onde o rosto da "outra" aparece refletido. Que "Outra"? Aquela que imaginamos...
Lembre-se que é possível estar imaginando sempre a "outra" ? Talvez por isso seja impossível para algumas pessoas continuarem amando após uma separação? Talvez!!!
Deixo você com a reflexão e com e como os seguintes textos:
 A Outra ( amamos sempre no que temos)  do Fernando Pessoa.
Acesse o link para ler  o poema: http://www.revista.agulha.nom.br/fpessoa29.html
Ensaio sobre a amizade da Lya Luft.
Acesse o link para ler o texto: http://veja.abril.com.br/280606/ponto_de_vista.html

Paz e Luz!
Judi Menezes

13 de out. de 2011

Ausência




Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces. Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausta. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida.
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
 Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
 Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
 Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
 E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
 Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada

Martha   Medeiros





30 de set. de 2011





Longe Te Hei-de Amar

De longe te hei-de amar
- da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância

Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.
Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?

E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.

Cecília Meireles



 Que o seu final de semana seja e esteja repleto de poesia, arte e que todas as "coisinhas pequenas". dessa vida, possibilitem a sua felicidade  ! 
 Para quem esta perto ...para quem esta longe!!!
Paz e luz!!
Judi Menezes

26 de set. de 2011

Campanha Nacional pelo Autismo no País





Graças ao apoio da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência-SNPD, estamos dando inicio à primeira etapa da proposta de uma campanha nacional pelo autismo no país.

Esta primeira etapa compõe-se de um evento com capacitação em análise do comportamento, ministrada por profissionais com experiência nos Estados Unidos no atendimento a todo o espectro do autismo e por uma importante troca de experiências entre instituições brasileiras que trabalham com autismo.

O nome deste evento é a Campanha Nacional pela Assistência e pelos Direitos da Pessoa com Autismo que ocorrerá nos dias 21, 22 e 23 de Novembro de 2011, no Auditório do Hospital Cruz Azul na Rua Lins de Vasconcelos, 356 em São Paulo.

O programa do evento inclui 3 partes:

1. Fundamentos técnicos do atendimento ao autismo de nível leve, moderado e grave.

2. Fundamentos da organização de uma instituição para o atendimento ao autismo.

3. Troca de experiências entre as associações presentes.

Este evento será totalmente gratuito com alguns critérios adotados com o objetivo de distribuir as vagas.

Preste muita atenção, pois eles deverão ser rigorosamente seguidos.

1. As inscrições para Campanha Nacional pela Assistência e pelos Direitos da Pessoa com Autismo serão efetuadas a partir de um cadastro das instituições interessadas, aberto especialmente para este fim.

2. Só aceitaremos o cadastro de instituições. Não aceitaremos o cadastro de pessoas físicas.

3. Cada instituição poderá cadastrar até 5 profissionais.

4. Para efetuar o cadastro é obrigatório que a instituição responda e envie para a AMA (para o e-mail centrodeconhecimento@ama.org.brEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ) Questionário “Levantamento Nacional pela Assistência e Pelos Direitos da Pessoa com Autismo”.

5. O cadastro poderá ser feito até o dia 14 de Outubro de 2011.
6. O cadastro será feito no site da AMA, http://www.ama.org.br/  Para formalizá-lo pedimos uma contribuição solidária de R$ 10,00 por profissional cadastrado e é obrigatório o preenchimento do questionário pela instituição.

7. Atenção: o valor da contribuição solidária não será devolvido em nenhuma circunstância, incluindo a condição da instituição não ser selecionada.

8. A AMA fará a seleção dos inscritos sendo que na medida do possível será selecionado ao menos um representante de cada instituição cadastrada. Em caso da necessidade de desempate fica estabelecida a seguinte ordem:

1. Instituições filantrópicas e sem fins lucrativos que atendem apenas autismo.

2. Instituições filantrópicas e sem fins lucrativos que atendem também autismo.

3. Instituições particulares que atendem apenas pessoas com autismo.

4. Instituições particulares que atendem também pessoas com autismo.

ATENÇÃO - Há uma grande possibilidade de conseguirmos ajudar a custear uma passagem e três diárias para cada uma das 50 primeiras instituições cadastradas e localizadas fora do Estado de São Paulo. Este é um projeto que apresentamos ao Governo e cujo resultado deverá ser conhecido no inicio de Novembro.Será contemplado o maior número possível de instituições, em detrimento do número de profissionais por instituição.

O resultado do processo seletivo será divulgado até 30 de Outubro de 2011. As instituições serão informadas por e-mail e deverão confirmar a inscrições dos profissionais aprovados.

Em caso de dúvida, favor ligar para (11) 3376-4401 e falar com Ieva.

Fiquem atentos a esta oportunidade e apressem-se, pois as inscrições só irão até o dia 14 de Outubro.


Acredito que esta é uma excelente oportunidade para as instituições que trabalham no atendimento as  pessoas com autismo.
Paz e luz!
Judi Menezes
 
Links que podem ser utéis:

ABRA - Associação Brasileira de Autismo
http://www.autismo.org.br/

http://www.adefa.com.br/

AMA- AL - Associação de Amigos do Autista de Alagoas

http://www.autismoalagoas.org.br/

AMA - ES – Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santos

http://www.amaesvitoria.org.br/

AMA -PB - Associação dos Pais e Amigos do Autista da Paraíba

http://www.amapb.com.br/

AMA - Ribeirão Preto - Associação de Amigos do Autista de Ribeirão Preto

http://www.amaribeirao.org.br/

AMA- SC- Florianópolis - Associação de Amigos do Autista Florianópolis

http://www.amaflorianopolis.org.br/

AMA - SP- Associação de Amigos do Autista

http://www.ama.org.br/

http://www.amaesvitoria.org.br/

APAE- São Carlos

http://www.apaesc.org.br/

APAE - Três Pontas - MG - Associação de Pais e Amigos e Excepcionais

www.apaetp.org.br/index.htm

Associação Amigos dos Autista de Sorocaba

http://www.amas.com.br/

Associação de Pais de Autistas e Deficientes Mentais - APADEM

http://apadem.blogspot.com/



.
Inscreva sua instituição, participe!!




25 de set. de 2011

Sem você - Arnaldo Antunes (Ao vivo no estúdio 2007)



As vezes eu acredito em mim, as vezes não.
As vezes tiro o meu destino da mão...

Paz e Luz !!
Judi Menezes

24 de set. de 2011

A Casa é Sua - Arnaldo Antunes



Deliciosamente simples!! Impregnado de poesia!!

A casa é sua...

Paz e luz!!!
Judi Menezes

18 de set. de 2011

Neurônios: as misteriosas borboletas da alma



Há cem anos, Santiago Ramón y Cajal, anatomista espanhol, teve a idéia de preparar cortes microscópicos de tecido cerebral e mergulhá-los numa solução de sais de prata para corá-los. Os sais impregnaram todas as células de um determinado tipo, deixando as outras sem coloração. No microscópio, ele notou que o cérebro era povoado por células dotadas de um corpo central de onde partiam ramificações que estabeleciam incontáveis conexões umas com as outras. Pareciam aranhas de múltiplas formas conectadas por infinitos tentáculos.
Cajal chamou-as de neurônios e as descreveu como células capazes de receber sinais através de suas ramificações (os dendritos) e transmiti-los por extensões não ramificadas (os axônios). A essa propriedade de captar impulsos nervosos pelos dendritos e transmiti-los pelos axônios para os neurônios seguintes, Cajal deu o nome de polaridade.
Esse princípio, segundo o qual a informação flui do dendrito para o axônio, embora tenha encontrado exceções no futuro, foi crucial para o surgimento da Neurociência: permitiu ligar estrutura à função. A enunciação do princípio da polaridade abriu caminho para as tentativas de entender os circuitos que os neurônios formam no interior do tecido nervoso.
No microscópio, Cajal, observou que os corpos centrais dos neurônios e as ramificações que deles partiam apresentavam, além da extrema diversidade de forma, diferenças significantes de tamanho. Algumas células tinham prolongamentos curtos que se comunicavam com vizinhas próximas, enquanto outras enviavam seus tentáculos para regiões cerebrais distantes e até para a medula espinal.
A respeito dos neurônios ele escreveu: “são as misteriosas borboletas da alma, cujo bater de asas poderá algum dia - quem sabe? - esclarecer os segredos da vida mental”.
Estava enunciada a teoria neuronal. Graças a ela, Cajal ganhou o prêmio Nobel de Medicina e o título inconteste de pai da Neurociência moderna.


Acredito que esta na  hora de abrirmos a porta da nossa mente para  novos conhecimentos e oportunidades que a  neurociência nos apresenta , que possamos refeletir e aplicar os achados científicos com inteligência, sem perder a doçura e o prazer de ser, de fazer...
Desejo que  as misteriosas borboletas da sua alma (quer mais delicadeza do que isso!!! Adorei!!) batam suas asas - em direção?- não faço a  mínima ideia para onde elas podem levar você...apenas desejo...

Paz e Luz!!
Judi Menezes


12 de set. de 2011

Labirintos do cérebro


sbpneurociencia.com.br


Segundo Könneker, embora o interesse em relação a esse tema não seja novo - "as origens da alta cultura humana refletem isso, como a filosofia grega e sua ânsia de saber mais sobre a mente, o ego, a alma, o eu, e assim por diante", ele afirma -, desta vez o nosso conhecimento sobre essas questões está muito próximo de um boom em todo o mundo. Könneker diz que a cada dia surgem novas técnicas e que há uma disposição crescente de diferentes disciplinas científicas em compartilhar com outras especialidades o conhecimento que acumularam sobre a mente e o cérebro humanos de forma que possam trabalhar em conjunto em novos projetos de pesquisa. "O imenso progresso que a neurobiologia trouxe para a humanidade em relação a esses assuntos também instiga e desafia as disciplinas mais tradicionais que focalizam a questão do que nos torna humanos, como a psicologia ou a filosofia. Por esse motivo, vemos na Europa e nos Estados Unidos um número cada vez maior de programas de pesquisa interdisciplinares voltadas para a mente e o cérebro, nos quais psicólogos, lingüistas, médicos, terapeutas, biólogos, entre outros, trabalham juntos." Esse constitui um dos desafios mais palpitantes entre os estudiosos, segundo o biofísico, para quem fica cada vez mais comprovada a impossibilidade de esgotar todos os recursos necessários à abordagem do ser humano na prevenção de doenças e na promoção da saúde utilizando um único aspecto do conhecimento. Desde a "descoberta" da psicossomática, até as recentes pontes criadas entre a psicanálise e as neurociências, cada vez mais profissionais vêm reafirmando a necessidade de um diálogo interdisciplinar. Isso porque, no entendimento desses especialistas, os complexos comportamentos humanos requerem abordagens igualmente complexas, que envolvem as diferentes disciplinas que se dedicam a decifrar as maneiras pelas quais pensamos e agimos, na tentativa de construir um quadro capaz de fornecer inteligibilidade ao nosso mundo interior. "O avanço da neurociência trouxe a união de diferentes disciplinas como a psicologia, a lingüística, a medicina e a biologia, que passaram a compartilhar conhecimentos e a trabalhar em conjunto em novos projetos de pesquisa", relata Könneker. "Hoje, em praticamente todas as grandes cidades do mundo, há grupos interdisciplinares reunindo representantes de campos antes distantes, e muitas vezes contrários, da neurociência e da psicanálise." Trabalhando em conjunto com a psicanálise, neurocientistas descobriram, por exemplo, que as descrições biológicas do cérebro funcionam melhor se combinadas às teorias delineadas por Sigmund Freud há um século. Os estudiosos revelaram provas de algumas das teorias do criador da psicanálise e desvendaram os mecanismos mentais descritos por ele. A neurociência mostrou que as principais estruturas cerebrais essenciais para a formação de memórias conscientes não são funcionais durante os primeiros anos de vida, explicando o que Freud chamou de amnésia infantil. Como supôs o pensador austríaco, não é que tenhamos esquecido nossas lembranças mais antigas; simplesmente não conseguimos trazê-las de volta à consciência. Mas essa incapacidade não as impede de afetar os sentimentos e o comportamento adultos.
A abordagem interdisciplinar, segundo Könneker, está refletida na cobertura das questões científicas pelos meios de comunicação. Ele diz que hoje, as diferentes mídias abordam os temas da consciência, livre arbítrio, emoções e doenças psicológicas ou psiquiátricas, reunindo os pontos de vista de diferentes especialidades numa linguagem acessível mesmo para aqueles que não estudaram psicologia, medicina ou biologia. "Há um crescente interesse das pessoas em todo o mundo sobre questões que tentam explicar o comportamento humano com base nos aspectos emocionais e neurológicos. E isso impulsiona toda uma cadeia de informação voltada também para o público leigo, que envolve os vários meios de comunicação." De acordo com Könneker, que falou com exclusividade para o "Fim de Semana", quando esteve em SP para o lançamento de "Viver Mente&Cérebro", a edição brasileira da "Gehirn&Geist", existem em quase todos os países europeus, além de publicações especializadas, diversos programas de rádio e de TV que cobrem questões científicas, indo da astrofísica à zoologia, incluindo arqueologia, química e alta tecnologia, além de pesquisa sobre o cérebro e psicologia. "Hoje existe uma expectativa claramente definida em todo o mundo por parte do público interessado nesse tipo de publicações e programas", diz o biofísico. "Essas pessoas buscam abordagens idôneas, informativas e interdisciplinares, cujos autores sejam em sua maioria cientistas de ponta, que as ajudem a conhecer melhor a si mesmas." Ele destaca que nesse mercado existem várias publicações cujo enfoque se restringe quase que exclusivamente à psicologia - como a "Psychologie Heute", na Alemanha, ou a "Psychology Today", nos Estados Unidos - e umas poucas que refletem as abordagens interdisciplinares, como a revista "Neuro-Psychoanalysis", editada pela Sociedade Internacional de Neuropsicanálise, além da própria "Gehirn&Geist", que além da Alemanha é publicada também na França, Itália, Espanha, Polônia e Estados Unidos, e agora chega ao Brasil editada pela Duetto Editorial. Könneker justifica o interesse do público por essas novas abordagens.
 "Quem não se fascina pela capacidade que o cérebro humano tem para cumprir tarefas relacionadas com memória, aprendizado, linguagem, fé, humor e capacidade de perceber o que os outros pensam?", pergunta, lembrando que esse fascínio levanta também questões que até há pouco tempo não estavam entre as preocupações dos estudiosos. "Alguns pesquisadores de ponta que estudam o cérebro alegam que essa disciplina pode até modificar nossa visão tradicional do gênero humano. Alguns defendem, por exemplo, que não há mais o livre arbítrio, porque as decisões que tomamos são preparadas pelo nosso cérebro. Se isso se tornar um juízo comum", conclui, "haverá um forte impacto sobre nosso sistema legal e, certamente, reflexos importantes no aspecto religioso.

fonte: Gazeta mercantil
Que seja bem vindo esse ilustre des-conhecido : o Cérebro Humano.
Paz e luz!
Judi Menezes





24 de ago. de 2011

O eterno em nós


Foto · 'FoG DaY at the Pier', de David Galdino


Vivemos flutuando no mar do ego.
Nós construímos uma vida baseada no projeto desenhado por arquitetos estranhos a nós, enchemos ela de móveis ditados pela moda dos outros, dançamos e choramos e rimos por sentimentos dos outros, pensamos com a mente dos outros, assumimos e defendemos as ideias dos outros.
Muito pouco, ou nada, é realmente nosso. Mas toda essa vida é artificial, limitada, e tem um fim previsível e inevitável: a morte.

E então? De que maneira nos justificamos neste mundo? Buscando e encontrando o verdadeiro, o eterno em nós. Aquilo que sobreviverá à morte, que somos nós mesmos, nosso Eu. Essa porção de existência que há em nós e que quando chega a morte simplesmente retorna ao Todo mas não desaparece.
Iremos continuar flutuando nos rios dos outros, vivendo vidas de outras pessoas, ou começaremos a nadar em nosso próprio riacho, onde a beleza nos surpreende a cada momento e que segue até o mar nos braços do amor e da compaixão?
Vamos continuar a viver na segurança falsa e confortável ou escolheremos a aventura imprevisível mas enriquecedora que é viver? Buscaremos o eterno em nós?

Osho, em "La pasión por lo imposible"


Vale a pena refletir!!!
Sinceramente não tenho respostas...Desejo encontre o que há de eterno em você... 
Paz e luz!!!
Judi

21 de ago. de 2011

O amor real


· 'Broken Pier', de David Galdino





No Simpósio, de Platão, Sócrates diz:
Uma pessoa que pratica os mistérios do amor estará em contato não com um reflexo, mas com a própria verdade. Para conhecer essa bênção da natureza humana, não se pode encontrar auxiliar melhor do que o amor.
Durante toda a minha vida, comentei sobre o amor de mil maneiras diferentes, mas a mensagem é a mesma. Apenas algo fundamental precisa ser lembrado: não se trata do amor que você acha que é amor. Nem Sócrates está falando desse amor nem eu estou.
O amor que você conhece nada mais é do que um impulso biológico; ele depende de sua química e de seus hormônios. Ele pode ser alterado muito facilmente... uma pequena mudança em sua química e o amor que você considerava como "a verdade suprema" simplesmente desaparece.
Você tem chamado a sensualidade de "amor". Essa distinção tem de ser lembrada.
Sócrates diz: "Uma pessoa que pratica os mistérios do amor..." A sensualidade não tem mistérios, ela é um simples jogo biológico. Todo animal, todo pássaro, toda árvore o conhece. Certamente o amor que tem mistérios será totalmente diferente do amor com o qual você está familiarizado.
Uma pessoa que pratica os mistérios do amor estará em contato não com um reflexo, mas com a própria verdade.
Esse amor que pode se tornar um contato com a própria verdade emerge somente a partir de sua consciência; não a partir de seu corpo, mas a partir de seu mais íntimo ser.
A sensualidade emerge a partir de seu corpo, o amor emerge a partir de sua consciência. Mas as pessoas não conhecem a própria consciência, e o mal-entendido continua: a sensualidade corporal é tomada como amor.

Muito poucas pessoas no mundo conhecem o amor. Essas pessoas são as que tornam silenciosas, pacíficas... E a partir desse silêncio e dessa paz, elas entraram em contato com o seu ser mais íntimo, com a sua alma.

Uma vez em contato com a sua alma, seu amor se torna não um relacionamento, mas simplesmente uma sombra sua. Não importa onde você ande, com quem você ande, você estará amando.
No momento, o que você chama de amor está endereçado a alguém, confinado a alguém. E o amor não é um fenômeno que possa ser confinado. Você pode tê-lo em suas mãos abertas, mas não em suas mãos fechadas. No momento em que suas mãos se fecham, elas ficam vazias. No momento em que elas se abrem, toda a existência fica a seu alcance.
Sócrates está certo: aquele que conhece o amor também conhece a verdade, pois eles são somente dois nomes para uma só experiência. E, se você não conheceu a verdade, lembre-se também de que não conheceu o amor.
Para conhecer essa bênção da natureza humana, não se pode encontrar auxiliar melhor do que o amor.

Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos

Acredito que frequentar religiões, listas, fundações ou institutos que falam de amor, não substituia VIVÊNCIA deste amor, de forma alguma! AMOR não vem por osmose, nem por malhação, nempor mantra, e muito menospor prece. A única forma de se conseguir AMOR é dando AMOR.
Para poder se viver em amor, você precisa se permitir viver em amor.
É tão óbvio que ninguém faz. Falar de amor não substitui VIVER o amor. Por si, por alguém do sexo oposto, pela fraternidade e pelo cosmos. Sem excluir nenhum - ego, eros, philos e ágape.
Deixo vocês com a reflexão!!! Mas, não esqueçam da ATITUDE...
Paz e luz!
Judi Menezes







15 de jul. de 2011

Quem amarrou o seu pára-quedas?



Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã.

Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.
Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão. Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem. "Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?" "Sim, como sabe?", perguntou Plumb."Era eu quem dobrava o seu pára-quedas.
Parece que funcionou bem, não é verdade?" Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu: "claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje".
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se: "quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse bom dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro".
Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia. Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: "quem dobrou o seu pára-quedas hoje"?
Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.
Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido.
Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável. Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu pára-quedas, e agradece-lhe.
Ainda que não tenhas nada de importante a dizer, envia esta mensagem a quem fez isto alguma vez. E manda-a também aos que não o fizeram.
As pessoas ao teu redor notarão esse gesto, e te retribuirão preparando teu pára-quedas com esse mesmo afeto.
Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes tua gratidão.Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples. Só um telefonema, um sorriso, um agradecimento, um Gosto de Você, um Te Amo.
 (Fonte desconhecida)


E você está preparando o seu pára-quedas?
Eternamente grata a vc que um dia preparou  o meu pára-quedas...
Paz e luz!!
Judi Menezes






13 de jul. de 2011

O amor e a arte do não fazer

orkut - fotos

  


Existem coisas que só acontecem, que não podem ser feitas. O fazer diz respeito a coisas muito banais, mundanas. Você pode fazer alguma coisa para ganhar dinheiro; pode fazer alguma coisa para ser poderoso, pode fazer alguma coisa para ter prestígio; mas não pode fazer nada quando o assunto é amor, gratidão, silêncio.

É importante entender que o "fazer" significa o mundo, e o não fazer significa aquilo que está além deste mundo — onde as coisas acontecem, onde só a maré o arrasta para a praia. Se você nadar, a coisa não acontece. Se você fizer algo, estará na verdade cooperando para que ela não aconteça; porque todo fazer é mundano.

Muito poucas pessoas chegam a conhecer o segredo do não fazer e a deixar que as coisas aconteçam. Se você almeja grandes coisas — coisas que estão além do pequeno alcance das mãos humanas, da mente humana, das capacidades humanas —, então você terá que aprender a arte do não fazer. Eu a chamo de meditação.

É um problema, porque no momento em que se dá nome a ela, as pessoas começam a se perguntar como "fazê-la". E você não pode dizer que elas estejam erradas, porque a própria palavra "meditação" cria a ideia de fazer. Elas têm o seu doutorado, têm milhões de outras coisas; quando ouvem a palavra "meditação", perguntam "Então me diga como fazer isso".

E a meditação significa basicamente o início do não fazer, relaxar, seguir a maré — ser apenas uma folha na brisa, ou uma nuvem se movendo no céu.

Nunca pergunte a uma nuvem: "Para onde você está indo?". Ela própria não sabe; ela não tem endereço, não tem destino. Se o vento mudar enquanto ela ia para o sul, ela começa a ir para o norte. A nuvem não diz ao vento: "Isso é absolutamente ilógico. Estávamos indo para o sul e agora estamos indo para o norte. Qual o sentido disso tudo?"

Não, ela simplesmente passa a ir para o norte, com tanta facilidade quanto ia para o sul. Para ela, sul, norte, leste, oeste, não faz nenhuma diferença. Apenas siga com o vento, sem nenhum desejo, sem nenhum objetivo, sem nenhum lugar para chegar; a nuvem só aprecia a jornada. A meditação faz de você uma nuvem — de consciência. Não existe mais objetivo.

Nunca pergunte a quem medita: "Por que está meditando?", porque a resposta é irrelevante. A meditação é, ela própria, o objetivo e, ao mesmo tempo, o caminho.

Lao-Tsé é uma das figuras mais importantes na história do não fazer. Se a história fosse escrita da maneira certa, então haveria dois tipos de história. A história das pessoas que "fazem" inclui Gêngis Khan, Tamerlão, Nadir Xá, Alexandre, Napoleão Bonaparte, Ivan o Terrível, Joseph Stalin, Adolph Hitler, Benito Mussolini; estes são aqueles que pertencem ao mundo do fazer.

Deveria existir uma outra história, uma história superior, verdadeira — da consciência humana, da evolução humana. Essa é a história de Lao-Tsé, de Chuang Tzu, de Lieh Tzu, de Buda Gautama, de Mahavira, de Bodhidharma; de um tipo totalmente diferente.

Lao-Tsé chegou à iluminação sentado sob uma árvore. Uma folha tinha acabado de cair; era outono e não havia pressa; a folha voava ao sabor do vento, devagar. Ele observou a folha. A folha foi caindo até chegar ao chão, e enquanto observava a folha caindo e pousando no chão, de algum modo ele também foi se aquietando. Desse momento em diante, ele se tornou um não fazedor. O vento sopra naturalmente e a existência cuida dele.

Todo o ensinamento de Lao-Tsé se assemelhava ao do rio: siga a corrente seja para onde ela for, não nade. Mas a mente sempre quer fazer alguma coisa, porque desse modo o crédito vai para o ego. Se você simplesmente seguir a maré, o crédito vai para a maré, não para você. Se você nadar, você pode ter um ego maior: "Eu consegui atravessar o canal da Mancha!"

Mas a existência o dá à luz, lhe dá a vida, lhe dá amor; lhe dá tudo o que é precioso, tudo o que não pode ser comprado com dinheiro. Só aqueles que estão prontos para dar todo o crédito pela sua vida à existência percebem a beleza e as bênçãos do não fazer.

Não é uma questão de fazer. É uma questão de ausentar-se como ego, de deixar as coisas acontecerem.

Entregue — essa palavra contém toda a experiência.

Existem pessoas que estão tentando amar, porque desde o início a mãe dizia ao filho: "Você tem que me amar, porque eu sou sua mãe". Agora ela está fazendo do amor o mesmo silogismo lógico — "porque eu sou sua mãe". Ela não está deixando que o amor cresça por si só, ele tem que ser forçado.

O pai está dizendo: "Me ame, eu sou o seu pai". E a criança é tão indefesa que tudo o que ela pode fazer é fingir. O que mais pode fazer? Ela pode sorrir, pode dar um beijo, e sabe que é tudo fingimento: ela não queria fazer aquilo, é tudo enganação. Não é espontâneo. Mas porque ele é o papai, ela é a mamãe, você é aquilo, você é aquilo outro... Eles estão estragando a mais preciosa experiência da vida.
Então as esposas dizem aos maridos: "Você tem que me amar, eu sou a sua mulher". Estranho. Os maridos estão dizendo: "Você tem que me amar. Eu sou o seu marido, é um direito meu!"

O amor não pode ser exigido. Se ele vier, seja grato; se não vier, espere. Mesmo que você esteja esperando que ele venha, não deve haver queixas, porque você não tem nenhum direito. O amor não é um direito de ninguém, não existe uma constituição que lhe confira o direito de viver o amor. Mas eles estão destruindo tudo, então as esposas vivem sorrindo e os maridos dando abraços.

Um dos mais famosos escritores dos Estados Unidos, Dale Carnegie, escreveu que todo marido deveria dizer à esposa pelo menos três vezes por dia: "Eu te amo, querida". Você está ficando louco? Mas ele disse isso, e funciona; e muitas pessoas, milhões delas, estão colocando em prática o conselho de Dale.

"Quando for para casa, leve sorvete, flores, rosas, para mostrar que ama a sua mulher", como se isso fosse algo que precisasse ser mostrado, provado materialmente, pragmaticamente, linguisticamente, verbalmente, vezes e vezes sem conta, para que não seja esquecido.
Se você não disser à sua esposa durante alguns dias que a ama, ela contará quantos dias se passaram e se encherá de suspeita, achando que você deve estar dizendo isso para outra pessoa, pois a quota dela está diminuindo. O amor é uma quantidade. "Se ele não está mais trazendo sorvete para casa, deve estar levando para outro lugar, e isso é algo que não posso tolerar!"
Criamos uma sociedade que acredita somente no "fazer", enquanto a parte espiritual do nosso ser morre à míngua porque precisa de algo que não se faz, mas acontece. Não que você dê um jeito de dizer: "Eu te amo"; você de repente se pega dizendo que ama. Você mesmo se surpreende ao ouvir o que diz. Não ensaiou na sua cabeça primeiro e depois repetiu, nada disso; é espontâneo.
E, na verdade, os momentos reais de amor são silenciosos. Quando você está realmente sentindo amor, esse mesmo sentimento cria à sua volta uma radiância que diz tudo o que você não consegue dizer, que nunca pode ser dito.
Mas, em vez disso, nós damos um jeito em tudo, transformamos tudo num "fazer" e o resultado final é que aos poucos a hipocrisia se torna uma característica nossa. Nós nos esquecemos completamente que se trata de hipocrisia.
E na mente, no ser de uma pessoa que é hipócrita, qualquer coisa do mundo do não fazer é impossível. Você pode continuar fazendo mais e mais; você se tornará quase um robô.

Portanto, sempre que você passar, subitamente, por uma experiência de acontecer, encare-a como uma dádiva da existência e faça desse momento o arauto de um novo estilo de vida.
Simplesmente reserve alguns momentos das 24 horas do dia, quando não estiver fazendo nada, simplesmente deixe que a existência faça algo a você. E as janelas começarão a se abrir para você, janelas que o ligarão com o universal, o imortal.


Osho, em "A Essência do Amor: Como Amar com Consciência e Se Relacionar Sem Medo"


Meu desejo... Que possamos, como as nuvens, apenas apreciar essa incrível jornada chamada AMOR sem cobranças, expectativas, exigências, vontades...
Que o amor simplesmente seja ...
Paz e Luz!! 
Beijos
Judi Menezes