24 de ago. de 2011

O eterno em nós


Foto · 'FoG DaY at the Pier', de David Galdino


Vivemos flutuando no mar do ego.
Nós construímos uma vida baseada no projeto desenhado por arquitetos estranhos a nós, enchemos ela de móveis ditados pela moda dos outros, dançamos e choramos e rimos por sentimentos dos outros, pensamos com a mente dos outros, assumimos e defendemos as ideias dos outros.
Muito pouco, ou nada, é realmente nosso. Mas toda essa vida é artificial, limitada, e tem um fim previsível e inevitável: a morte.

E então? De que maneira nos justificamos neste mundo? Buscando e encontrando o verdadeiro, o eterno em nós. Aquilo que sobreviverá à morte, que somos nós mesmos, nosso Eu. Essa porção de existência que há em nós e que quando chega a morte simplesmente retorna ao Todo mas não desaparece.
Iremos continuar flutuando nos rios dos outros, vivendo vidas de outras pessoas, ou começaremos a nadar em nosso próprio riacho, onde a beleza nos surpreende a cada momento e que segue até o mar nos braços do amor e da compaixão?
Vamos continuar a viver na segurança falsa e confortável ou escolheremos a aventura imprevisível mas enriquecedora que é viver? Buscaremos o eterno em nós?

Osho, em "La pasión por lo imposible"


Vale a pena refletir!!!
Sinceramente não tenho respostas...Desejo encontre o que há de eterno em você... 
Paz e luz!!!
Judi

21 de ago. de 2011

O amor real


· 'Broken Pier', de David Galdino





No Simpósio, de Platão, Sócrates diz:
Uma pessoa que pratica os mistérios do amor estará em contato não com um reflexo, mas com a própria verdade. Para conhecer essa bênção da natureza humana, não se pode encontrar auxiliar melhor do que o amor.
Durante toda a minha vida, comentei sobre o amor de mil maneiras diferentes, mas a mensagem é a mesma. Apenas algo fundamental precisa ser lembrado: não se trata do amor que você acha que é amor. Nem Sócrates está falando desse amor nem eu estou.
O amor que você conhece nada mais é do que um impulso biológico; ele depende de sua química e de seus hormônios. Ele pode ser alterado muito facilmente... uma pequena mudança em sua química e o amor que você considerava como "a verdade suprema" simplesmente desaparece.
Você tem chamado a sensualidade de "amor". Essa distinção tem de ser lembrada.
Sócrates diz: "Uma pessoa que pratica os mistérios do amor..." A sensualidade não tem mistérios, ela é um simples jogo biológico. Todo animal, todo pássaro, toda árvore o conhece. Certamente o amor que tem mistérios será totalmente diferente do amor com o qual você está familiarizado.
Uma pessoa que pratica os mistérios do amor estará em contato não com um reflexo, mas com a própria verdade.
Esse amor que pode se tornar um contato com a própria verdade emerge somente a partir de sua consciência; não a partir de seu corpo, mas a partir de seu mais íntimo ser.
A sensualidade emerge a partir de seu corpo, o amor emerge a partir de sua consciência. Mas as pessoas não conhecem a própria consciência, e o mal-entendido continua: a sensualidade corporal é tomada como amor.

Muito poucas pessoas no mundo conhecem o amor. Essas pessoas são as que tornam silenciosas, pacíficas... E a partir desse silêncio e dessa paz, elas entraram em contato com o seu ser mais íntimo, com a sua alma.

Uma vez em contato com a sua alma, seu amor se torna não um relacionamento, mas simplesmente uma sombra sua. Não importa onde você ande, com quem você ande, você estará amando.
No momento, o que você chama de amor está endereçado a alguém, confinado a alguém. E o amor não é um fenômeno que possa ser confinado. Você pode tê-lo em suas mãos abertas, mas não em suas mãos fechadas. No momento em que suas mãos se fecham, elas ficam vazias. No momento em que elas se abrem, toda a existência fica a seu alcance.
Sócrates está certo: aquele que conhece o amor também conhece a verdade, pois eles são somente dois nomes para uma só experiência. E, se você não conheceu a verdade, lembre-se também de que não conheceu o amor.
Para conhecer essa bênção da natureza humana, não se pode encontrar auxiliar melhor do que o amor.

Osho, em "Amor, Liberdade e Solitude: Uma Nova Visão Sobre os Relacionamentos

Acredito que frequentar religiões, listas, fundações ou institutos que falam de amor, não substituia VIVÊNCIA deste amor, de forma alguma! AMOR não vem por osmose, nem por malhação, nempor mantra, e muito menospor prece. A única forma de se conseguir AMOR é dando AMOR.
Para poder se viver em amor, você precisa se permitir viver em amor.
É tão óbvio que ninguém faz. Falar de amor não substitui VIVER o amor. Por si, por alguém do sexo oposto, pela fraternidade e pelo cosmos. Sem excluir nenhum - ego, eros, philos e ágape.
Deixo vocês com a reflexão!!! Mas, não esqueçam da ATITUDE...
Paz e luz!
Judi Menezes