O tema abordado em minha monografia foi o Autismo e as intervenções educativas, onde consegui conciliar a minha experiência como professora de uma sala "especial" com crianças autistas e a busca de informações e teorias que pudessem esclarecer, subsidiar e ampliar o trabalho realizado.
Sendo assim resolvi partilhar, aos poucos, nesse espaço algumas considerações, questionamentos e descobertas teóricas desse humilde trabalho de pesquisa bibliográfica.
Desejo que possa ajudar ou, quem sabe, suscitar reflexões ou novos questionamentos principalmente para os professores que , as vezes, se deparam com essa demanda "estranha" como como diz Sinclair: "“Ser autista não significa não ser humano. Significa ser estranho. Significa que o que é normal para outras pessoas não é normal para mim, e o que é normal para mim não é normal para outros. De alguma forma eu estou terrivelmente mal equipado para sobreviver neste mundo, como um extra-terrestre abandonado sem um manual de instruções".
Autismo e educação - algumas considerações
Ao planejarmos todo e qualquer processo educacional é indispensável levar em consideração a história do indivíduo que se pretende educar. Sabermos quem é ele, e em qual contexto social ele está inserido nos dão bases significativas para o processo de escolarização. Como afirma Glat em sua pesquisa sobre mulheres com deficiência mental, o homem é antes de tudo, um ser social, e por assim dizer, está submetido às influências deste contexto que antecede o seu próprio nascimento.
São através destas primeiras experiências que ocorrerão o acesso à cultura e serão desenvolvidos e apreendidos os processos que regem as aquisições biológicas e sociais nos quais, conseqüentemente, ocorrerá a noção de identidade, de pertencimento ao grupo e de desenvolvimento de papeis tão importantes na formação do individuo. Dificuldades em vivenciar essas relações, ainda que pequenas, podem provocar dificuldades de aprendizagens muitas vezes essenciais à própria existência.
O Transtorno Autista caracteriza-se principalmente pela dificuldade de se relacionar com o outro desde o principio da vida. Os comprometimentos sociais decorrentes de tais características acabam afetando em diferentes níveis o desenvolvimento da linguagem e da aprendizagem de regras e padrões sociais, pois estes são desenvolvidos e aprendidos na integração com o grupo.
O autismo é hoje conhecido como um nome, mas a compreensão dele como conceito para a população em geral, e mesmo entre alguns profissionais, é ainda muitas vezes vaga e repleta de incompreensões e mitos. É muito importante que aumente a conscientização da sociedade em relação ao espectro do autismo.
Frente ao exposto, indaga-se: Que informações temos sobre esse transtorno? O que representa a Educação de alunos portadores do Transtorno Autista? Existem práticas educativas que atendam as necessidades “diferentes e específicas” do autismo? Quais são as técnicas usadas na educação dos autistas?
As perguntas foram escolhidas com o objetivo de investigar e entender o trabalho dos professores que têm o papel de educar essas crianças portadoras de necessidades especiais. Acreditamos que é necessário dar ao público (profissionais, pais e população em geral) uma sólida informação sobre esse Transtorno.
A importância e o desafio que a educação de alunos portadores do Transtorno Autista representada para pais e profissionais de Educação sendo necessário esclarecer que o transtorno autista pode ser encontrado em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social.
Judi Menezes
Um comentário:
Parabéns. É assim que se faz. Não deixe passars a oportunidade de falar de experiências positivas. Desejo que continue publicando sobre o assunto. Fiz menção sobre o assunto em meu blog. Roberte (http://blog.psicologoroberte.com.br/)
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