“Eu estou cansado de negar quem eu sou. Eu não quero mais fazer isto, nem para mim, nem para as pessoas a quem amo. Mas, primeiro eu preciso conhecer, amar e aceitar quem eu sou. Devo encontrar a pessoa que cresce dentro de mim”.
Construa-me uma ponte
Eu sei que você e eu
Nunca fomos iguais.
E eu costumava olhar para as estrelas à noite
E queria saber de qual delas eu vim.
Porque eu pareço ser parte de um outro mundo
E eu nunca saberei do que ele é feito.
A não ser que você me construa uma ponte, construa-me uma ponte,
construa-me uma ponte de amor.
Eu espero pelo dia no qual você sorrirá para mim
Apenas porque perceberá que existe uma pessoa decente e inteligente
Enterrada profundamente em meus olhos caleidoscópios.
Pois eu tenho visto como as pessoas me olham
Embora eu nada tenho feito de errado.
Construa-me uma ponte, construa-me uma ponte,
E, por favor, não demore muito.
Vivendo na beira do medo,
Vozes ecoam como trovão em meus ouvidos.
Vendo como eu me escondo todo dia.
Estou apenas esperando que o medo vá embora.
Eu quero muito ser uma parte do seu mundo.
Eu quero muito ser bem sucedido.
E tudo o que preciso é ter uma ponte,
Uma ponte construída de mim até você.
E eu estarei junto a você para sempre,
Nada poderá nos separar.
Se você me construir uma ponte, uma pequena, minúscula ponte
De minha alma, para o fundo do seu coração.
Mackean
Esse texto é uma constante na minha prática educativa e pedagógica no trabalho com crianças autistas.
Acredito que qualquer técnica, método au qualquer tipo de intervenção (médica, psicológica, pedagógica...) prescindem dessa ponte chamada amor. Não aquele amor piegas, nem permissivo mas, aquele amor genuíno, com responsabilidade, compromisso e abertura para as possiblidades que se apresentam no meio do caminho.
Sempre digo, plageando o poeta: " No meio do caminho tinha uma pedra..." (apenas acrescento um complemento, uma pequena alteração ao poema). Respondendo : E daí? Adoro pedras.
Para mim as pedras são obstáculos que podem e devem sempre ser superados ou , talvez, quem sabe, apenas modificados...
Boa reflexão!
Judi Menezes
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