Nas palmas de tuas mãos
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos.
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe. E, desde então...
leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas,
interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes –
íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos.
Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri. Falamos.
Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe. E, desde então...
Cora Coralina
Cora Coralina escreveu esse poema quando era muito mais velha que eu. Tinha o rosto enrugado, o corpo alquebrado e maltratado pela vida, mas tinha a alma lisa e pura, apesar das pauladas que certamente levou, e tinha, ao escrever, a certeza de sua grandeza como ser humano, um coração que pulsava no ritmo da própria idade. Por isso admitia que o amado a aceitasse ou não, interessava apenas torná-lo feliz por saber-se amado. Que o verdadeiro amor só quer dar!
Sempre admirei seus escritos, a força, a meiguice e o talento dessa mulher que soube morrer amando, orgulhosa e valente...
Paz e Luz!
Judi Menezes
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